O delegado da Polcia Federal Wilson Rodrigues de Souza Filho, negou o pedido do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Jos Geraldo Riva para adquirir um novo aporte. Na negativa, a Delegacia de Polcia de Migrao (Delemig) questionou o motivo para que Riva solicitasse o novo documento, j que ele est impedido de deixar o Pas. Ainda na negativa dada no ltimo dia 31, a PF orientou o ex-deputado a buscar uma autorizao judicial para depois solicitar novamente o documento.
Riva teve o seu aporte apreendido em maio de 2014, aps ter sido preso na 5 fase da Operao Ararath. Na ocasio, o ex-deputado foi preso juntamente com o ex-secretrio Eder Moraes. Ambos foram transferidos para Braslia. Porm, 3 dias depois ele conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que ao conceder a soltura determinou que o mesmo entregasse o aporte e junto a proibio de deixar o Pas.
As investigaes da Ararath eram conduzidas pelo delegado Wilson Rodrigues de Souza Filho, que atualmente est na Delemig. Onze anos depois, as medidas ainda esto valendo, mesmo aps o ex-deputado ter firmado acordo de colaborao premiada em 2020. No acordo, Riva ficou dois nos em priso domiciliar e iniciar a prestao de servios comunitrios por 8 horas, conforme estabelecido pelo seu acordo de colaborao premiada.
A progresso de pena ocorreu porque o ex-deputado conseguiu comprovar a concluso de vrios cursos, como ‘terrorismo, narcotrfico, organizaes criminosas e crimes digitais’, ‘tecnologia em negcios imobilirios’, ‘planejamento e gesto de obras pblicas’, ‘poltica e sociedade’ e ‘resoluo eficaz de problemas’. O incio dos servios voluntrio mais uma etapa do acordo de colaborao premiada. Ao todo, ele ir devolver R$ 92 milhes aos cofres pblicos como ressarcimento.
Jos Riva atuou na poltica mato-grossense de 1995 a 2014 com influncia, conduzindo a gesto da Casa por vrios mandatos. Nos documentos, o ex-deputado detalhou que, durante os 20 anos, houve pagamentos de propina para 38 parlamentares com o objetivo de apoiarem o governo do Estado.
O valor total do esquema chegou a R$ 175,7 milhes. Segundo a delao de Riva, o esquema funcionou nos governos Dante de Oliveira (1995-2002), Blairo Maggi (2003-2010) e Silval Barbosa (2010- 2014). Neste mesmo perodo, Riva ainda afirma que foram gastos mais de R$ 38 milhes para a compra das eleies da Mesa Diretora do parlamento mato-grossense.