O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) classificou como “inconstitucional” o projeto de lei para obrigar policiais militares a usarem cmeras nas fardas. Para ele, o texto nasce morto ao invadir a competncia do Poder Executivo de gerenciar as foras armadas do Estado.

Causando polmica entre parlamentares e representantes do setor policial, o projeto de lei foi apresentado em fevereiro do ano ado pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD). Aps expirar o prazo para ser votado, foi reapresentado em 2024.

Elizeu considerou que Wilson faz “fanfarronagem” com o texto, pois no comparece s reunies da Comisso de Segurana Pblica para discuti-lo. Alm disso, relatou que muitas vezes os encontros no ocorrem devido baixa adeso dos parlamentares.

“Cabe ao governo, no a um deputado implantar um projeto inconstitucional, que nasce morto. um debate que vem por falta de contedo na Casa, para alimentar quando no tem nada para fazer”, disse.

“O Wilson Santos tem trabalhado o ano todo com ‘fanfarronagem’ em relao s cmeras nas fardas policiais. Ele nem compareceu s sesses da Comisso de Segurana, que muitas vezes no acontecem por falta de qurum”, acrescentou.

Alinhamento com o Estado

O deputado Elizeu Nascimento afirmou que no deixou de ser contrrio instalao de cmeras nas fardas, mesmo aps o governador de So Paulo, Tarcsio de Freitas (Republicanos), declarar apoio proposta.

Nascimento disse que mantm-se aliado ao governador Mauro Mendes (Unio), cujo posicionamento tambm desfavorvel s cmeras.

“Mantenho meu posicionamento com o governador do Estado, ao qual representamos. Mauro Mendes totalmente contra ao projeto de cmeras e eu, como policial militar, tambm sei da importncia que no colocar cmeras nas fardas policiais. Cada policial responsvel pelos seus atos e, aquele que se projeta erroneamente, responde pelos seus atos. Nenhum cidado obrigado a contrair prova contra si mesmo”, analisou.

“No Mato Grosso, os policiais militares tm trabalhado de forma correta, ordeira, perdendo a vida pela sociedade. Quantos policiais morreram fazendo defesa da sociedade?”, completou.