O deputado federal Nelson Barbudo (PL), candidato reeleio, defendeu uma reforma no atual sistema eleitoral. Ele afirmou que o correto seria que os parlamentares federais mais votados assumam as cadeiras de seus respectivos estados.
Atualmente, os deputados so escolhidos atravs do sistema proporcional, em que o candidato no depende apenas de si mesmo, mas conta tambm com o desempenho do prprio partido.
O quociente eleitoral, que a soma de todos os votos vlidos dividido pelo nmero de vagas, que define os nomes.
“Cada partido cria sua chapa e comea a contagem, por exemplo: Jos Medeiros teve 140 mil votos, segundo eleito Barbudo, com 130 mil votos e assim sucessivamente. So oito [deputados federais] aqui [em Mato Grosso]. Ento, o oitavo com mais votos entra e acabou! So esses que a sociedade escolheu", disse Barbudo ao MidiaNews.
Para Barbudo, ainda preciso que o Pas e por uma verdadeira "reforma poltica", acabando com auxlios recebidos pelos congressistas, Fundo Eleitoral e a reduo do nmero de partidos.
Para ele, o problema j comea no enorme nmero de partidos no Brasil. Atualmente, so 32 registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele acredita que diversas siglas existem apenas para serem utilizados como “massa de manobra”.
“Partidinho que faz um deputado, um senador, para ficar negociando tempo de TV. Precisa acabar, precisa melhorar isso. Acabar com o fundo, fazer campanha com o trabalho, na televiso, sem essa de gastar R$ 2,3 milhes”, afirmou.
“O que ns vemos l no STF [Supremo Tribunal Federal], que cada ministro tem no sei quantos mil assessores... Ns precisamos dessa reforma. O dinheiro no pode sair da maneira que est saindo”.
O que ns vemos l no STF [Supremo Tribunal Federal], que cada ministro tem no sei quantos mil assessores... Ns precisamos dessa reforma
Poderes do Congresso
Por fim, ele defendeu uma reduo no poder dos presidentes da Cmara e do Senado.
Barbudo afirmou que o deputado federal Arthur Lira (PP) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD), tm muito poder de deciso sobre o que deve ou no ser votado, condio que ele considera absurda.
“O Lira e o Pacheco sozinhos decidem o destino de 510 aqui e 80 ali. Esse projeto da facilitao do porte de arma aos CACs, que foi para o Senado, o Pacheco, que no gosta de armas, pe na gaveta, suprimindo a vontade de milhes de brasileiros”, criticou.
“Agora, se ele achar de interesse, que vai ajud-lo a ganhar votos no estado, fala: 'Olha, esse projeto de importncia'. a poltica que tem que decidir, por ordem cronolgica. No podemos deixar uma pessoa falar o que pode e o que no pode ser colocado para a gente votar”, completou.