O pecuarista Aray Fonseca (PL), pr-candidato a deputado federal, afirmou que o senador Carlos Fvaro (PSD) "traiu" o eleitorado ao se aliar ao PT e ao ex-presidente Lula.
Ele tambm fez duras crticas pelas declaraes de Fvaro sobre o MST (Movimento Sem Terra). Para Fonseca, o senador deveria "pedir desculpas" por declaraes equivocadas quanto ao assunto.
“Eu votei no Carlos Fvaro acreditando que ele iria defender o segmento, tanto de agricultores quanto de pecuaristas, e realmente houve uma traio grande conosco. lamentvel, triste, e inacreditvel, um senador da Repblica defender um movimento como o MST”, afirmou.
“Um movimento ilegal, que invade propriedade privada e mata produtores rurais. Isso um crime contra a ptria. Ele deveria ter vergonha de vir a pblico e falar isso”, emendou.
Recentemente, Fvaro e o deputado federal Neri Geller (PP) anunciaram aliana com a federao Brasil de Esperana, de Lula. No encontro, Fvaro fechou o acordo para ser um dos coordenadores de campanha do petista presidncia da Repblica.
Dias depois, ao site Metrpoles, Fvaro saiu em defesa de Lula, do MST e disparou contra as polticas do governo Jair Bolsonaro (PL). “Quem tinha medo de perder terra para o MST hoje est perdendo para o BTG, para o Bolsonaro e para o Paulo Guedes”, disse ele.
Para Aray Fonseca, a estratgia pode no sair como Fvaro espera e “mat-lo politicamente” nas urnas.
“Eu acho que a abordagem dele para justificar uma guinada poltica completamente equivocada. Ele foi desonesto com seus eleitores", afirmou.
"Tudo bem ele fazer um palanque com Lula, mas poderia ter uma abordagem mais honesta com quem o elegeu. Com certeza, morreu politicamente. Est morto”, disse.
BTG e fala “leviana”
Em sua declarao pr-Lula, Fvaro disparou, ainda, contra o banco privado BTG, que j teve em seu quadro societrio o ministro da economia Paulo Guedes. “So eles [Paulo Guedes] que venderam as dvidas dos ruralistas a 12% e agora esto pegando as terras e levando a leilo”, disse o senador.
Para Aray, ao fazer tal afirmativa, Fvaro no contou a realidade dos fatos - j que a dvida citada pelo senador se trata de “crditos podres” que pertenciam ao Banco do Brasil.
“Ele est sendo leviano na questo da dvida para o BTG. As pessoas tomaram dinheiro emprestado do Banco do Brasil e no pagaram, e o banco tentou receber e no houve interesse da pessoa em pagar. O Banco do Brasil, que pblico, dava como certo que no receberia quase R$ 3 bilhes, e vendeu essa carteira para um banco privado, que mais eficiente na cobrana”, afirmou.
“Se voc vende um carro, e a pessoa no paga, voc no vai l pegar seu carro de volta, no ? Ento, se a pessoa tomou um dinheiro emprestado do banco, o banco tem que receber. Existia uma cultura no ado que a pessoa pegava dinheiro do Banco do Brasil, e como era banco pblico, pensava que no poderia pagar. E no assim”, disse.