Uma jovem de 21 anos perdeu o filho dois dias depois do parto, aps suposto erro mdico. Mrcia Gonalves Coelho nem mesmo conseguiu conhecer o filho. Segundo conta a jovem, ela foi forada a realizar o parto normal, mesmo que exames de rotina indicassem que o beb ainda estava sentado. Mrcia precisou fazer uma cesrea de emergncia aps as tentativas falhas do parto normal, onde teve seus rgos perfurados e, consequentemente, uma hemorragia.
O recm-nascido morreu no dia primeiro de julho, por falta de oxigenao no crebro, no Centro de Especialidades e Pronto Atendimento em Vila Rica, municpio do Mato Grosso. A mulher precisou ser levada para o Hospital Municipal de Confresa aps a cesrea, por conta da hemorragia. Ela teve a bexiga cortada em quatro lugares diferentes, alm do tero.
A jovem segue internada no hospital, mas explica que a perda do filho e os momentos traumticos no Centro de Vila Rica sero difceis de esquecer:
“Para mim foi um susto muito grande, foi uma gravidez tranquila e no final aconteceu isso tudo. A perda uma dor muito grande e eu praticamente nasci de novo. At superar isso tudo vai ser complicado”, disse a jovem.
Claudineia Coelho, de 40 anos, me da jovem, conta que esse o segundo parto da filha, que tambm ou pela tentativa de parto normal na primeira gravidez, mas precisou fazer a cesrea. Dessa vez, o mdico que fez o acompanhamento pr-natal havia alertado para a impossibilidade de parto normal, pois a criana ainda estava sentada na barriga da me.
Mdico sentou na barriga da jovem durante o parto
Entretanto, ao ser alertada pela jovem, uma das enfermeiras sorriu e aplicou uma injeo que induziu o parto. Na sala de parto, o mdico chegou a sentar na barriga da me para empurrar o beb. A jovem conta que gritava: “Sai de cima que t me machucando”. Foram trs horas de correria, segundo Claudineia.
“No podia ter [o parto] normal e o beb podia ficar sem oxignio. Eles foraram tanto que o nen ficou preso l embaixo”, conta a jovem, que chegou a alertar as enfermeiras novamente na sala de parto.
Claudineia e Mrcia no conseguiram ver a criana, pois estavam em Confresa, por conta da hemorragia da jovem.
Ainda tentaram a transferncia do recm-nascido para o municpio, mas sem sucesso: “Eles prenderam o nenm l, falando que ele estava bem, at que recebemos a notcia de que tinha ido a bito”, contou. A famlia abriu um boletim de ocorrncia, no mesmo dia em que a criana morreu.