A dona de um berrio presa nessa segunda-feira (23) por suspeita de maus-tratos e tortura batia nas crianas, deixava elas sem comida e fazia um beb ingerir o prprio vmito, apontam as investigaes da polcia. O caso aconteceu em Canarana.

Segundo as investigaes da Polcia Civil, a creche a nica da cidade que pegava crianas a partir de seis meses. Conforme as informaes, a dona do estabelecimento agredia as crianas com tapas, chineladas, na cabea, nas pernas e at no rosto, e puxes de orelha.

De acordo com o delegado responsvel pela investigao, Deuel Paixo, o inqurito foi aberto no incio deste ms, aps a Polcia Civil receber denncias feita por funcionrias do berrio e pela me de uma beb de oito meses que ficava no estabelecimento.

Aps troca de informaes, a me e as cuidadoras, que eram menores de idade, decidiram fazer o boletim de ocorrncia contra a proprietria.

No inqurito policial que corre em sigilo, a suspeita foi indiciada por tortura, sendo o pedido de priso representado pelo Ministrio Pblico e decretado pela Justia.

J nos primeiros dias, a Polcia Civil, junto ao Conselho Tutelar e a Prefeitura foram at o estabelecimento, conseguindo suspender as atividades de unidade temporariamente por 15 dias.

Testemunhas

As primeiras a serem ouvidas foram as cuidadoras da creche (menores de idade) e posteriormente todas as mes que tinham filhos atendidos na unidade.

Durante as investigaes, foi possvel colher alguns vdeos da suspeita praticando as agresses contra as crianas feitos pelas funcionrias, alm de fotos e relatos de sinais de agresses nas crianas, ocorridos em diversos perodos.

Com base nos elementos colhidos, o delegado Deuel Paixo de Santana encaminhou o relatrio final foi encaminhado ao Ministrio Pblico com indiciamento da suspeita pelo crime de tortura, sendo representando pelo pedido de priso que foi deferido pelo poder Judicirio.

A ordem de priso foi cumprida pelos policiais de Canarana na segunda-feira (23), em uma residncia na zona rural do municpio. A suspeita foi conduzida delegacia para as providncias cabveis e posteriormente colocada disposio da Justia.

Segundo o delegado, cerca de 20 pessoas foram ouvidas desde ento e foram anexados fotos e vdeos apresentados pelos pais investigao.

A suspeita foi encaminhada para a Cadeia Pblica Feminina de Nova Xavantina.

O inqurito e a ao penal tramitam em segredo de justia.