Jnior Pereira morreu em abril deste ano aps tomar uma injeo em uma farmcia no municpio de Quernciae contrair uma infeco bacteriana grave. O caso s ganhou repercusso nesta semana porque a esposa do empresrio, a esteticista Marcella Ricci, usou as redes sociais para denunciar a farmcia e o Hospital Municipal que atenderam o marido.
Em uma srie de vdeos publicados no TikTok, Marcella cita que o hospital foi negligente no atendimento do esposo, demonstrando descaso e deboche aps a morte de Jnior. O empresrio foi vtima de uma fascite necrosante, uma doena rara provocada por uma bactria que destri o tecido debaixo da pele e que pode ser mortal.
Nos vdeos, Marcella esclarece que o marido sofreu uma infeco provocada por uma injeo tomada por ele em uma farmcia do municpio, motivo pelo qual ela entrou com uma ao no Tribunal de Justia de Mato Grosso (TJMT) contra a drogaria. Porm, alm do estabelecimento, a esteticista tambm processou a unidade de sade em que o marido foi atendido, que, segundo ela, foram negligentes no diagnstico de Jnior.
Marcella narra que no dia seguinte, aps o marido tomar a injeo na farmcia, ele reclamou de dores no corpo e pediu para ir ao hospital. No local, Jnior se retorcia de dor, no conseguindo parar sentado.
Diante da situao, um mdico plantonista atendeu o empresrio e fez um corte no local onde a injeo havia sido aplicada com intuito de retirar a inflamao (pus), porm no saiu nada, apenas um gs. "Ele ficava esperando em p de tanta dor e no conseguia sentar. No quarto, quando fui tirar a roupa, ele estava em estado de putrefao. Ele apodrecia vivo na minha frente. A pele dele mudou para cor de berinjela e o edema dele aumentou. Em seguida, o rim dele parou de funcionar e s foram perceber 22h30", conta.
Ao ver o marido literalmente “morrer” na sua frente, a esteticista entrou em desespero e ligou para os scios proprietrios da farmcia que lhe indicaram um mdico em um hospital particular. Porm, segundo Marcella, diante do estado em que o esposo estava, j no era possvel retir-lo do hospital municipal e, para que ele sobrevivesse, seria necessrio que os mdicos amputassem o glteo ou a perna de Jnior, o que no aconteceu.
Cerca de 36 horas se aram desde que o empresrio comeou a sentir as dores e esse foi o tempo que ele
permaneceu vivo, conforme relato de Marcella. A esteticista conta ainda que chegou a conhecer a diretora do Hospital Municipal, Juliana Molina, que agiu com total desprezo com o caso. "Um dos seres mais desprezveis
que j pisaram no Universo. Ela nem sequer olhou nos meus olhos, desejou meus psames, nada",
descreve.
Aps o ocorrido, Marcella afirma que a diretora da unidade chegou a ir em uma delegacia da Polcia Civil para registrar um boletim de ocorrncia providenciando a liberao do corpo de Jnior, porm, na declarao, Juliana teria insinuado que o empresrio morreu aps a prpria esposa aplicar uma injeo nele, j que ela era esteticista. "Ela fala da hora que ele deu entrada no hospital e duas linhas depois fala sobre mim. Ela coloca: a esposa do paciente faz harmonizao de glteo, resumindo, d a entender que tinha sido eu quem aplicou alguma coisa no meu marido", comenta Marcella.
Em outros vdeos postados posteriormente, aps relatar a tragdia vivenciada por ela e pelo marido nas redes
sociais, Marcella diz que recebeu prints de uma enfermeira do hospital debochando dela e da morte do empresrio.
De acordo com a esteticista, essa foi a mesma profissional que a consolou quando ela no sabia como enviar o corpo do marido ao Instituto Mdico Legal (IML). "So essas pessoas que so colocadas para cuidar da sade das pessoas da cidade. O meu marido morreu. Vocs no tm respeito pelo ser humano. Exijo uma resposta das autoridades, meu marido morreu agonizando de dor, no parou de ter dor em nenhum minuto. Isso um deboche, descaso, escrnio total", desabafou.
Com isso, Marcella tambm acionou a Justia para denunciar Juliane Molina e Elisa Lacerda, diretora e enfermeira do hospital, respectivamente. Na denncia, a esteticista alegou que ambas zombaram publicamente
da situao envolvendo a morte do empresrio.