Lder no ranking de queimadas no pas, Mato Grosso iniciou o perodo proibitivo do fogo com dados alarmantes, com mais de 6 mil focos registrados apenas no 1 semestre do ano. Dados so do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que apontam que apenas no ms de junho foram mais 2,4 mil focos, o pior resultado para o ms nos ltimos 16 anos.
Neste ano, maio e junho seguem como os piores meses no Estado e representam quase 70% de todos os focos registrados nos ltimos 6 meses. Em maio, foram 1.666 focos, enquanto no ms ado foram 2.447. Apenas nos primeiros dois dias do incio do perodo proibitivo de queimadas no Estado, que teve incio no ltimo dia 1 de julho e segue at 31 de outubro, j so quase 100 focos registrados.
Ao todo, somando os dois primeiros dias de julho o Estado j registra 6.185 focos. O nmero de focos queimadas de Mato Grosso representa 25,9% do total j registrado no pas, que chega a 23.864 focos de acordo com Inpe. Aps Mato Grosso, o estado com mais focos so Maranho com 2.616 e Tocantins com 2.470. Em todo ano de 2022 foram 29.039 focos de queimadas no Estado.
O nmero 28,5% maior que os registros de 2021, quando foram 22.590 focos. Durante o perodo onde o uso do fogo para limpeza e manejo de reas rurais em Mato Grosso proibido, o objetivo de diminuir as reas atingidas por incndios no perodo considerado crtico para as vegetaes.
So levadas em considerao as condies climticas do perodo, com previso de estiagem, altas temperaturas, umidade relativa do ar baixa e intensos ventos, que favorecem ocorrncias de incndios florestais. Mas, segundo especialista, o aumento nos focos deve continuar neste ano em todo Estado.
Professor e pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o bilogo Romildo Gonalves afirma que historicamente, ano aps ano o Estado tem novos recordes de fogo nesse perodo e a causa, na opinio dele, que a maioria dos focos, cerca de 90%, ocorre como consequncia da falta de preparo para o perodo.
Gonalves explica que com o perodo de estiagem, quando chuva reduz, a umidade do ar cai e com o mato alto e seco, qualquer fagulha vira fogo.
“Agora fica ainda mais complicado, porque j no tem mais chuva e o risco de fogo fica cada vez mais alto”. De acordo com ele, estudos comprovam que 60% dos focos tm incio s margens das estradas e rodovias. “Vemos isso todos os anos quando amos, por exemplo, pela estrada da Chapada”.