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Ano foi marcado por quebra na safra de soja no Brasil 5zr3n

Em 2022, a rentabilidade dos produtores brasileiros de soja subiu, mesmo com o aumento dos custos de produo 3f1t1w

Canal Rural

26/12/2022 - 08:18

O mercado brasileiro de soja em 2022 foi marcado por uma quebra histrica na safra brasileira, com problemas derivados do fenmeno La Nia que atingiram os estados da Regio Sul e parte do Mato Grosso do Sul.

“Apesar disso, os demais estados produtores do pas tiveram grandes produtividades mdias e uma grande rentabilidade diante de novos recordes de preos registrados ao longo do ano”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

O ano comeou com Chicago em forte alta devido s perdas produtivas iminentes nas safras do Brasil, Argentina e Paraguai.

“A falta de umidade registrada a partir do ms de novembro de 2021 no Sul do Brasil, na Zona Ncleo da Argentina e na maior parte do Paraguai trouxe grandes problemas para o desenvolvimento das lavouras, o que levou a uma grande reduo o potencial produtivo das plantas”, lembra o analista.

Tal fato culminou em grandes perdas produtivas na Amrica do Sul, que levaram Chicago a sair do patamar de US$ 12 em novembro de 2021 para valores prximos a US$ 17 por bushel nos primeiros meses de 2022.

Prmios em alta frente menor oferta, um dlar firme devido a desacelerao da economia mundial, guerra entre Rssia e Ucrnia e fatores internos ligados questo fiscal e eleio presidencial levaram os preos internos a atingirem novos recordes ainda em maro. “As cotaes superaram a casa de R$ 200,00 por saca nos portos brasileiros e em algumas praas do interior do pas, patamares jamais atingidos”, destaca o consultor.

Rentabilidade da soja

A rentabilidade dos produtores brasileiros subiu junto, mesmo com o aumento dos custos de produo que foram impactados principalmente pela alta dos fertilizantes no mercado internacional devido a problemas de oferta e aumentos dos insumos produtivos relacionados guerra na regio do Mar Negro.

A partir de maro, o mercado comeou a olhar com maior ateno para a nova safra norte-americana, que comearia a ser plantada ainda em abril.

O relatrio de inteno de plantio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreendeu o mercado ao trazer um grande aumento na rea a ser plantada com soja na nova temporada, com a rea da oleaginosa superando pela primeira vez a rea de milho nos Estados Unidos.

“Isto pesou sobre Chicago, que voltou a trabalhar em patamares mais baixos devido ao grande potencial produtivo norte-americano”, pondera Gutierrez Roque.

Mas, a partir de junho, com o plantio j finalizado, o USDA comeou a trazer cortes no tamanho da rea norte-americana. Alm disso, o clima relativamente irregular que atingiu alguns importantes estados produtores levou tambm a cortes de produtividade nos meses seguintes. “Em suma, uma safra que seria a maior da histria dos EUA, com rea e produo recordes, foi apenas a terceira maior, o que levou a um novo quadro de estoques baixos”, ressalta. “Trouxe algum flego para Chicago, ajudando a trazer e aos preos brasileiros”, acrescenta.

J no ltimo trimestre do ano, o mercado voltou a centralizar suas atenes na nova safra sul-americana.

Os produtores brasileiros semearam a maior rea da histria do Brasil na temporada 2022/23, o que nos traz um novo potencial produtivo recorde.

“A expectativa que mesmo com mais um ano de La Nia, as produes dos estados do Sul do Brasil se recuperem, o que permitir uma nova produo recorde no Brasil”, salienta o analista.

Com um clima favorvel na maior parte do pas, at o final de dezembro as lavouras da maioria dos estados se desenvolvem bem.

“Dificilmente teremos perdas produtivas relevantes nas regies Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte”, acredita.

Apesar disso, o mercado encerra o ano de olho na safra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Com pouca umidade registrada desde novembro, houve atrasos no plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras foi bastante irregular.

“Mas, se as chuvas retornarem a partir de janeiro, possvel que a maior parte das lavouras se recupere, o que ainda permitir a colheita de uma safra satisfatria”, comenta Roque. Tudo depende agora do clima nos meses de janeiro e fevereiro. “Se tudo der certo, a produo brasileira que comear a ser colhida ainda em janeiro dever superar o patamar de 150 milhes de toneladas pela primeira vez na histria, consolidando uma nova safra recorde”, completa.
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