As famlias dos jovens Luis Felipe Oliveira Guedes e Matheus Guedes Alves dos Reis, de 19 e 18 anos, respectivamente, encontrados mortos e enterrados em uma fazenda em Primavera do Leste, faro uma eata pedindo por Justia.

O evento, que ocorrer neste domingo (27), em Uberaba (MG), cidade natal dos rapazes, marca um ms da trgica data que mudou a vida dos amigos e familiares das vtimas.

“Est todo mundo muito mal. Meus pais… minha me chora muito dodo. Meu pai est desesperado. Eles sentem muita falta”, disse a irm de Luis Felipe, Ana Jlia Guedes.

Os rapazes, que eram primos, chegaram em Primavera do Leste no incio de outubro, e trabalhavam com venda ambulante de rios para carros.

A finalidade da mudana era juntar dinheiro para que eles pudessem pagar os custos da autoescola, e assim conseguir a carteira de motorista.

Porm, os sonhos de Luis e Matheus foram interrompidos quando, na noite do dia 21 de outubro, saram do hotel onde estavam hospedados em direo a uma tabacaria, e nunca mais foram vistos com vida.

Uma semana depois, no dia 27, os corpos foram descavados em uma propriedade rual no Municpio, com sinais de tortura e execuo. Um ms aps o caso, ningum ainda foi preso.

“A finalidade dessa eata falar para a Justia que eles no esto fazendo o trabalho deles. As pessoas morrem naquela cidade e fica por isso mesmo? No tem lgica. No tem cabimento”, desabafou Ana Jlia.

“Meu pai e minha me ligam l [na delegacia] direto, perguntam quase todos os dias. O irmo do Matheus liga bastante l e complicado, porque a gente de Uberaba…”.

Ana Jlia relatou que, apesar da presso em cima do caso, a seu ver, pouco se avanou na investigao.

“A Polcia falou que l acontece muito isso. A faco do Comando Vermelho pega mesmo os meninos…e so muitos! Porque s essa semana morreram trs”.

“Ento, no foram s nossos meninos. Bandidos comandam. A faco pega e mata mesmo. algo comum. Que Polcia essa? A Justia no Brasil no existe?”

Segundo ela, a hiptese mais forte trabalhada pela Polcia de que eles tenham sido confundidos com integrantes de faco rival, j que o “PCC” domina a regio de Minas Gerais.

“Na prpria regio onde trabalhavam, os supermercados, vendinhas, o pessoal falou que eles trabalhavam de domingo a domingo”, contou.

“O moo do hotel falou que os dois no tinham costume de sair e voltar depois da meia-noite. Eram muito calmos. J tinham comprado o carro, pagado a carteira deles”.

“No deixem seus filhos de Minas, So Paulo, irem para Primavera do Leste. Os meninos vo l e morrem. No foram s os nossos… A minha me encontrou a me de outra vtima l, que estava sofrendo muito”.