O delegado-adjunto da Delegacia Municipal de Confresa, Higo Rafael de Oliveira, afirmou que o homicdio do lulista Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, ocorrido na zona rural do muncpio, na semana ada, no se enquadra em crime poltico.

O crime ocorreu no dia 7 de setembro no Municpio. Benedito e o assassino Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL), entraram em uma discusso sobre os presidenciveis. A vtima acabou esfaqueada 15 vezes, sendo quase decapitada.

“Entende-se que um crime poltico quando o bem jurdico afetado tem a finalidade ideolgica. O crime praticado com a finalidade ideolgica. Ento, o autor tem uma ideologia, e em razo dessa ideologia dele, ele pratica crimes”, disse o delegado ao MidiaNews.

O delegado explicou que a legislao brasileira no define claramente o que considerado crime poltico. Por isso, h uma lacuna para interpretar esse tipo de crime, que, segundo ele, no se aplica ao assassinato de Benedito.

“O que aconteceu aqui em Confresa foi um homicdio qualificado pelo motivo ftil e pelo meio cruel, motivado por uma discusso, por um debate sobre poltica, a respeito de poltica”, frisou.

O delegado narrou o caso da seguinte forma: um debate sobre poltica iniciado, e posteriormente torna-se uma discusso acalorada, que se desenvolve em uma briga fsica e acaba em morte.

“Ento, a gente no caracteriza isso como crime poltico, mas a gente considera isso como um homicdio normal, qualificado pelo motivo ftil e tambm pelo meio cruel, que tambm poderia ter sido acontecido por qualquer outro motivo”.

Discusso essa, segundo o delegado, que poderia ter sido sobre qualquer outro assunto, como futebol, religio. “Mas em razo do contexto atual, que estamos bem prximo das eleies presidenciais, o assunto naquele momento, entre as duas pessoas, era sobre poltica”.