O desmatamento na Amaznia no ltimo ms de agosto explodiu em relao ao mesmo ms do ano ado. Foram derrubados 1.661 km de floresta, um aumento de 81% em relao aos dados de 2021.
O valor o segundo maior do histrico recente do bioma, perdendo apenas para agosto de 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
Os dados so referentes ao Deter, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que tem como objetivo auxiliar trabalhos de fiscalizao ambiental atravs de avisos de desmatamento. O projeto teve incio em 2004 e em 2015 houve um melhoramento dos sensores de deteco de desmatamento. Por esse motivo, o histrico recente do Deter tem incio em agosto de 2015.
No foi s o desmatamento que teve um crescimento considervel no ms ado. As queimadas tambm deixaram sua marca. A Amaznia teve o ms de agosto com mais queimadas desde 2010. Nos 31 dias do ms foram registrados 33.116 focos de queimadas, o que representa um aumento de 18% em relao a agosto de 2021, apontam dados do Inpe.
Desmatamento e queimadas andam praticamente juntos. Os desmatadores (em geral, grileiros e produtores rurais) derrubam a mata, deixam que ela seque no solo e, durante o perodo seco no bioma (que est ocorrendo agora), usam fogo para "limpar" a rea.
A situao de fogo em setembro j se mostra mais crtica do que foi no ano ado, segundo dados do Inpe.
Os dados so atualizados diariamente e, em oito dias, apontam mais de 20 mil focos de queimadas, um valor que j superior a todo o ms de setembro de 2019 e de 2021, considerando somente o perodo do governo atual.